sexta-feira, agosto 26, 2011


Sem bebê, e sem beber
Sem motivo algum para alegrar
Sem festa ou festim
Sem vontade alguma de dançar

No ar, uma música tão empolgante
Que pra mim soa como insulto
Um desrespeito diante do que sinto
Este sentimento tão triste quanto oculto.

segunda-feira, abril 25, 2011


 E nesse conto de fadas distorcido
Não existe fada nem encanto
Apenas um desejo envelhecido
 E um coração de eterno pranto

A carruagem ainda não apareceu
Ainda estou em trapos, a esperar
A realização daquele antigo sonho meu
Quando a fada-madrinha chegar

Mas a noite cai adentro, sem mais
Apenas o som do vento a soprar
Passou-se o tempo de esperar demais
O que resta é a realidade encarar.

segunda-feira, março 14, 2011

E então todos estavam de partida
A música alegre chegava ao fim
Apenas ela e sua imagem refletida
Coexistindo naquele estranho confim

Os antigos fantasmas a rodeavam
Assombrando-na sem piedade
E as alegrias que ali moravam
Perderam sua data de validade

Cada lágrima virava um diamante
Sucumbindo tilintante ao chão
O pranto virou música num instante
E fez iluminar toda aquela escuridão

sexta-feira, março 04, 2011


Não quero mais pertencer a esse lugar
Não quero mais esse ar, esses sons
Não quero mais tantas grades e algemas
Não quero mais me contentar com sonhos bons

Cansei de vestir minha máscara de sorrisos
E festejar como se tudo estivesse bem
Enquanto meu rosto está repleto de lágrimas
E minha alma não agüenta mais ser alguém