quinta-feira, julho 07, 2016


Inerte, imóvel, paralisada
O mundo se move abaixo de mim
Permaneço assim, estagnada
Sem saber se isso terá fim

Vejo passar várias vidas
Diante de meus pés descalços
Muitas chegadas e partidas
Alegrias e vários percalços

O não pertencimento faz parte
Daquilo que chamo de eu
Um pequeno universo à parte
Cheio de dúvida e de breu

O tempo passa cada vez mais veloz
E eu não tenho paciência

quarta-feira, abril 27, 2016


Inventei você pra me distrair
Inventei outro eu pra você gostar
Nesse jogo fui em que me perdi
Sem saber como nos desinventar

Quebra-cabeça de peças falsificadas
Retrato de um sorriso fingido
Um infinito de palavras não faladas
Um adeus ao que poderia ter sido