sexta-feira, junho 18, 2010

O rádio voltou a falar comigo
Não quero mais escutar
Já não faz mais nenhum sentido
O que ele tem pra me falar

Palavras fúteis e ruídos
Me deixam deveras perturbada
Sono e sonhos destruídos
Digo "Bom dia" à Madrugada!

Meus dedos doem ao escrever
E neles, o esmalte descascado
Já não quero mais te ver
Só te ter aqui do meu lado

terça-feira, junho 15, 2010

Ela continua no mesmo lugar
À espera do que não chegou
Procurando encontrar um olhar
E o ônibus que não passou

Seu café não chegou à mesa
Nem sua companhia pro jantar
Continua sozinha e presa
Sem ninguém para lhe soltar

Os ponteiros se arrastam devagar
E o mundo parece ter parado
As horas parecem nem passar
O dia é mais que demorado

A paciência, afinal, se esgotou
Não era mais possível fingir
O café, pelo visto, esfriou
E a companhia parece não existir.